terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A pessoa mais corajosa do mundo

De uma doce calma ela vive seus dias. Quando acordo, olho para a outra cama e percebo que é a pessoa mais linda que já conheci em toda a minha vida. Quando conversamos e discutimos percebo que tenho vontade de que todos meus primeiros pedaços de bolo sejam dela. Me vem algumas lembranças, como o dia que meus olhos encheram de lagrimas ao vê-la ali caída em cima de um lajedo, queria pega-la no colo e tirar a sua dor, aquilo não poderia está acontecendo , era a primeira viajem que fazíamos juntas.
Mesmo sendo alguns dias mais nova, ela amadureceu primeiro e senti como se não pudesse cuidar mais dela..
Felizmente, a medida que o tempo passou, esse cuidado se tornou recíproco. E eu fui tão privilegiada, tive a presença dela nos momentos mais felizes da minha vida, ou talvez foram os mais felizes pela sua presença. Incontáveis vezes foia minha vontade de chegar logo em casa para poder lhe contar os acontecimentos. Da mesma forma foi quando ficamos longe, quando ela foi pra São Paulo passar as férias, estávamos tão longe, mas a sentia tão perto.
Tudo deu errado, não foi como esperávamos, porém, melhor do que esperávamos. Unimos nossas forças e prometemos nos ajudar. 
Só que eu fui me descuidando a medida que precisava de cuidados e ela não podia dá. Paramos em mundos tão próximos e tão diferentes. Perdi meus melhores cafés da manhã e da tarde, minhas longas caminhadas e minha melhor companheira de sala. Por isso a magoei exigindo que ela conseguisse compartilhar a minha vida, do meu jeito. 

É Na, se eu pudesse ter escrito no blog no dia de seu aniversário, se eu pudesse ter estado na hora da correção de suas provas vibrando e chorando com você, eu nem acredito que não segurei sua mão na hora da tatuagem e ainda nem vi como ela ficou.
Como posso ter me perdido de você assim?!
Quando você nasceu, Deus já tinha me dado a vida para cuidar de você.
Acho que não tenho feito isso muito bem.
Por fim, queria te dizer que quando olho aquelas plaquetinhas na parede, eu te vejo, e percebo a pessoa maravilhosa que você é, e que minha lista de pessoas que eu sou fã é um pouco maior, com toda certeza seu nome sempre esteve lá. Também quero te pedir desculpas pelas pressões psicológicas nos momentos tensos e saiba que tem minha admiração em qualquer de suas escolhas, mas isso não significa que não vou me entrometer. 
Você vai conseguir oque desejas, eu sei que vai!
Eu te amo, e te amo muito.
Minha melhor prima

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Minha Bio

Que não pareça clichê. Mas, eu não escolhi a Biologia, foi ela quem me escolheu. Passei  a minha vida pensando em centenas de coisas que poderia ser quando crescer (tá bom, ficar mais velha); meus sonhos nunca tiveram limites, foi muito além de tudo que estava próximo de mim, eu sempre acreditei neles e por tanto tempo não tive dúvidas de que se tornaria todos reais. Só que finalmente a gente "cresce", infelizmente se depara com a triste e difícil realidade. Mas ainda podemos esperar muito para ver oque acontece no fim da história, por enquanto vou adiantando logo o início das minhas primeiras escolhas...

-Bailarina.

-Porquê não mãe? quero fazer balé! Olha como fico na ponta dos pés?!!!
Foi minha primeira e sábia profissão. Quando criança tinha a sensação que um dia seria capaz de voar, e toda vez que via aquelas mulheres com passos tão leves, saltidando, achava eu que a qualquer momento elas iriam alcançar um voo, flutuando no ar como uma borboleta. É certo que eu também assistia muito desenho de princesas para tal imaginação, mas não deixou de ser uma boa profissão, foi esse meu primeiro pensamento talvez improvável é claro de querer ir longe.

Devo ter passado muito tempo mesmo  assistindo televisão, me recordo como se fosse hoje de meus desenhos, aqueles rabiscados no papel, odiava desenhar com lápis de cor sempre gostei do lápis cinza normal e foi com eles minha primeira arte na velha e boa folha de caderno de desenho, estava perfeito era o Pokemon mas bem feito que eu já tinha visto. É estranho isso mas a medida que vou escrevendo vou lembrando daquele rabisco, o Ash , Misty e Pikachu, vou vizualizando cada detalhe dos três juntos andando... A partir daí eu tinha certeza que queria desenhar. Não quero imitar o Pequeno Príncipe mas assim como no livro fui desacreditada do meu potencial, continuei tentando até quando tudo começou a se complicar e assim meus lápis e cadernos foram todos para dentro do velho balaio. 


Nunca diminua um potencial que uma criança acha que tem isso me custou anos de dúvidas sobre oque eu faria um dia na vida. Já estava prestes a completar 14 anos e não chutava nem uma opção se quer, nessa época eu pintava muito, quase nunca falo sobre esse período de minha vida, talvez não fosse interessante falar para os outros que eu passava a tarde inteira quando chegava da escola pintando panos; o melhor é que nunca tinha entrado em nenhum curso ou sei lá oque de pintura, certo dia apenas pedi para minha mãe que comprace tintas e alguns pincéis, agradeço a ela hoje por ter agreditado no meu futuro talento. Então comecei a pintar, como não fazia nenhum curso achava que todos criticariam minhas pinturas até que uma vizinha chegando na minha casa viu uma e pediu para que eu fizesse um pano de prato pintado para ela, depois disso me tornei vendedora de panos com pintura, saiam melhor que a encomenda, todos bem pintados e com boradados de crochê que eu mesma fazia.

Essa sim foi minha primeira profissão remunerada.

É primeiro ano, aquele ano que professores e pais começam a perguntar oque queremos fazer quando terminar o ensino médio. Poxa, era tão difícil de entender que eu ainda não tinha escolhido direito?! passou tanta coisa na minha cabeça, eu assistia um filme e pensava uma coisa, lia um livro e mudava de opinião. Quando minha irmã passou no vestibular ela começou a conversar mais comigo sobre isso, assim tive mais dúvidas ainda, decidi que faria o vestibular para publicidade.

Nesse meio tempo mudei de ideia.
Me irritava ouvir a professora perguntando enquanto um respondia de um lado "quero fazer medicina" e do outro "direito" aí vinha o resto quase todo a turma "enfermagem". E você Isa vai fazer oque? (como se fosse bem fácil querer e poder), "Vou ser cabeleleira, assim como meu irmão!" foi inevitável o olhar de esnobe  da professora que depois disso quase não parou de repetir o que quase todo mundo já dizia, aquele papinho de que eu era uma menina inteligente, que deveria tentar fazer outra coisa e blábláblá.

Esse dia é importante, repare, foi minhas primeiras manifestações relacionadas ao meio ambiente.

Era tarde, quase escurecendo e eu e meu amigo (do qual eu tinha muito orgulho por ele querer fazer gastronomia) estávamos sentados em frente a minha casa falando justamente sobre oque iríamos fazer da vida, logo percebemos que havia um cano quebrado na rua e encostamos perto daquele poço de água que ficou na rua, a água estava tão cristalina que nos perguntamos se ela tava vindo mesmo do cano ou era das profundezas da terra. Realmente a água estava divina, com aquela cara de que mataria a sede de qualquer um. Meu amigo olhou pra mim e começou a falar que tanta gente daria tudo para tomar uma água daquela e eu concordava fazendo complementos a fala dele; Foi quando pegando um pouco de água com a mão ele olhou pra mim e disse: -Vai?
Bebemos aquela água que tava na rua como se fosse a última de nossas vidas, falando agora me dá vontade de rir e ao mesmo tempo de chorar, a gente pegava a água com mão e levava a boca sem se importar com qualquer coisa de contaminação. Diante desse acontecimento nos revelamos "ecologicamente corretos", e eu iria fazer engenharia ambiental. Só que meu amigo empolgava, não podia passar em frente a um mato que ele queria me fazer comer.

Certamente o 1ª ano, foi o melhor ano de escola.


p.s: Não vou falar aqui sobre o sonho de fazer Moda.

Mudei de escola, mudei de cidade e mudei de profissão. Lá vai eu seguindo os conselhos do meu pai, fazendo um curso técnico em enfermagem. 

Nunca pensei que gostaria tanto. A primeira aula do curso, tudo sobre Florence Nightingale, aquela mulher era fantástica e eu queria poder um dia ajudar os outros como ela. Continuei no curso e meu primeiro contato com a profissão foi apaixonante, era tudo muito corrido no hospital mas sempre dava tempo de ouvir aquelas vozes que gritavam de longe agradecendo enquanto a gente corria para atender outro paciente. Então eu realizei tantos sonhos de uma vez só, me tornei uma artista. Praticava a arte do cuidar.  Queria ir mais longe, queria a arte do curar. Assim meus fins de ensino médio eu já tinha uma profissão, eu iria ser médica, ou melhor oncologista (um dia comento sobre esse desejo).

Ninguém tirava mais isso da minha cabeça.

Fiquei sabendo que para passar em medicina precisava saber muito sobre biologia, comecei a estudar biologia, comecei a gostar tanto que era a única matéria que eu estudava, tirava as melhores notas nas provas que todo mundo considerava difíceis, eu aprendi biologia. 
No fim do ano não me senti totalmente preparada para fazer o vestibular para medicina e coloquei Biologia como uma das opções, oque surpreendeu a todos. Na verdade foi aquele impulso, aquela vontade de ser aprovada em algo junto com o medo a frustração de ser reprovada.

Antes de começar a cursar Ciências Biológicas tinha voltado a estudar para fazer outros vestibulares, minha mente ia se abrindo a medida que eu estudava e conversava com minha irmã, acabei através dela tendo muito contato com acadêmicos doutores que me proporcionaram uma outra visão de muita coisa. Passei a ler livros diferentes ou os mesmos com um outro olhar e minha mente ia se abrindo cada vez mais. Comecei a ser contra muita coisa e ser "capaz de tremer de indignação a cada injustiça cometida no mundo" Che Guevara. Estava a ponto de prestar o vestibular para Ciências Sociais.


Entrei no curso de Biologia.

Hoje dia 3 de setembro do 2012, dia do biólogo. Me sinto muito feliz e é inexplicável a forma como me apaixona cada dia mais pela Biologia, ela que explica tudo desde o início de uma vida ao equilíbrio de todas. Aos poucos fui descobrindo que existe outras formas de chegar onde eu quero e uma delas é estudando biologia.

Não sei como será o fim da história, mas desde já agradeço a Minha Bio, por me fazer acordar todos os dias muito cedo mas satisfeita por saber que cada dia é um passo a mais para me tornar uma bióloga. Sempre achei muito bonito quem sabe oque quer ser da vida, mas acontece que raramente  a gente realmente sabe, podemos achar, mas é depois de experimentar que podemos ter um pouquinho de certeza, como a que eu tenho agora.

sábado, 4 de agosto de 2012

Acima de mim



Deitar e apenas olhar para o teto ... lembro-me que quando criança contava as telhas para que o sono viesse, nunca conseguia contar carneirinhos, sempre me apeguei ao real tentando fazer dele o imaginário. Brincávamos de quem conseguiria adivinhar  onde o outro estava lendo tal nome, olhando pra cima eu sempre lia o nome na telha, assim todos começaram a adivinhar onde eu estava lendo, um dia eu perguntei  quem sabia onde eu estava lendo “telha” ninguém adivinhou, porque na verdade eu estava fazendo uma leitura de signo não verbal  (imagem), isso marcou minha criatividade.
Essas telhas me viram crescer, contemplaram minhas variadas expressões de quando ia me deitar, essas que representam como foi o nosso dia. No ano de 2009 as 00:00 do dia 12 de setembro, meu telhado viram meus olhos abrirem com um susto e o sorriso na minha boca, desesperada levantei e abri a porta, vi uma das cenas mais bonitas da minha vida que até hoje não saiu da minha cabeça, eram meus amigos acompanhados do som de um violão e barulho de estouros de bexigas, as vozes quase não saindo de tanto que sorriam e gritavam ao mesmo tempo em um refrão que dizia assim:
Alguém está batendo na portinha do seu coração, laiá, laiá, laiá, laía ... Ô Isa, abre a janela queridaaaaaaaaa... que a serenata que eu façoooooo... é dedicada a você!”
Naquela noite eu completava 15 anos.
Certa vez apareceram morcegos no teto, eu e meus amigos planejamos como os tiraríamos de lá, estava iniciado a “caça aos morcegos”, todos embrulhavam-se com toalhas, exceto um de nós que se embrulhou com uma rede, treinamos antes de entrar onde os morcegos estavam,  combinamos que quando eu dissesse “olha o morcego” todos abaixariam. O resultado é que os morcegos no telhado nos causaram muitos gritos e risos, até o meu pai dar um jeito e os tirar de lá.
Teve uma noite que de tão cansados eu e meu amigo deitamos e olhamos para o telhado, eram 22:00h e desde as 13:00 estávamos fazendo um trabalho para entregar no dia seguinte, com a cabeça cheia e a barriga vazia dávamos risadas e um falava pro outro oque no momento via no teto, eu certamente só conseguia ver muita comida, ele imaginava sanduiches caindo sobre nós, ao lado tinha um ventilador velho, meu amigo o girou falando que era uma roleta e juntos começamos a bater palma e ao invés de pedir mil reais pra Priscila e Yudi pedíamos comida. Eu nunca senti tanta saudade dos trabalhos de escola.
No fim do ano estávamos a um passo para nos tornarmos mais responsáveis, talvez não todos os meus amigos que compartilhavam aquele momento, mas de certa forma sabíamos que muitas coisas mudariam; naquela noite fizemos uma noite do pijama, a última que fizemos com todos juntos. Depois de muitos risos e segredos revelados, debaixo do meu telhado abraçávamos e prometíamos não nos separar; não sei dizer oque aquela noite representou pra mim, mas sei que ainda choro quando me lembro dela.
Hoje deitada olhando para o telhado que não sei se posso chamar de meu, começo a lembrar desses acontecimentos. No momento o telhado está acima de uma moça um pouco criança, mas um tanto responsável, que já não dorme mais toda noite debaixo desse telhado na casa dos pais, tem uma vida corrida e mal senta pra escrever textos a não ser redações e projetos, ela se veste diferente e sabe disso quando olha as fotos, fotos marcam a nossa mudança física; também ler alguns textos antigos que escrevia sobre oque achava da vida, pensamentos escritos marcam como as ideias mudam ao longo do tempo; seu telefone toca, são seus colegas da universidade, novos amigos demonstra novas características; ouve um grito lá fora e barulho de pessoas que já entram em seu quarto como se fossem de casa, a permanência dos velhos amigos, mostra que não perdemos a essência.  

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O dia pacífico em que passei na cama

Com uma xícara de "chocolate quente" na mão, sentada na cama, cobertas nas pernas e computador no colo, o filme vai passando e eu lembrando que ainda tem mil coisas pra fazer, mas está tao frio, bem aquele friozinho que atravessa a roupa de leve e que a gente precisa se encolher toda no cobertor. Continuo com meu filme, havia tempos que nao parava para assistir filmes, principalmente de romance, parece que quando está frio ficamos mais carentes, daí que me veio a vontade de assisitr; pensamentos começam a me incomodar. Olha eu como estou, em pleno São João, grande feriadão, e estou aqui sozinha com uma xícara na mão, jamais pensei que isso fosse acontecer por tão cedo; sinto que já não tenho amigos no sentido exato da palavra, já não peço mais ajuda a minha família e isso faz com que todos se afastem cada vez mais de mim, tento conversar com alguém para apenas distrair nem é para desabafar, mas acho que as pessoas adivinham o meu estado de espírito depressivo.


Me convenso logo que isso é bobagem e que tem muita coisa a fazer, começo resolvendo a lista interminável de exercício de bioestatística, e minha cabeça dói ao lembrar que tem mais três listas de outras disciplinas a ser feitas. Amanhã nem terei tempo mesmo para pensar nisso. No fundo, tudo está apenas acumulando. Assim eu vou vivendo, ou deixando de viver.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Eu... Enquanto você

Escuto Red Hot Chili Peppers, enquanto você faz seus intermináveis trabalhos; sempre achei essa música que estou ouvindo linda em todos os sentidos da palavra, você diz que não tem paciência para ouvi-la, por ser uma música um tanto longa. E eu acabo achando que você deve está usando a música como metáfora. Entro em seu quarto mexendo com a cabeça e balbuciando "californication" mas sua concentração exagerada nas coisas não permite que você perceba, vou encostando mais perto e sento atrás de você, você percebe meu cheiro mas não é capaz de olhar, sabe que mesmo não querendo vai se distrair; começo a passar as pontas dos dedos na sua orelha e você aperta uma mão na outra como se quisesse me avisar que está ocupado, mas você faz isso sempre e qual a vez que já funcionou comigo Ernesto?

Continuo a te incomodar... até você conseguir ouvir a música que estou ouvindo e dizer que odeia a palavra "californicação", e na mesma hora eu digo: Se você deseja estes tipos de sonhos isso é californicação. Não adianta mais conversar comigo sobre isso, você sabe; então pega sua calculadora e começa a me irritar a forma como você faz parecer que só tem ela e você dentro do quarto. Tento encostar mais um vez perto de você, mas você abaixa a cabeça começando a riscar suas contas no caderno, é o momento que eu saio brava do quarto. 

Pego meu "Diário de Anne Frank" e começo a ler, adormeço com uma ideia tola de querer ser diferente do que sou. Começo a sentir falta de ar e assusto com  você olhando pra mim, em apenas um leve toque no meu cabelo você consegui me fazer esquecer que tava com raiva, depois de trocar nossos olhares mais profundos, pergunto oque aconteceu, você fala rindo que fiquei com falta de ar por tá com nariz entupido e com a boca fechada chupando a língua quando durmo e termina dizendo que ninguém chupa a língua tão bem e tão linda. Não gosto que fala assim, fico toda constrangida pois odeio esse meu habito, me viro te dando as costas e você diz no tom mais suave possível " Eu preciso mais do que eu mesmo neste momento".

Me viro pra você e começo a te olhar, sem conseguir deduzir se você realmente quer oque quero. Você me beija enquanto eu digo que odeio sua calculadora. Isso é não é californicação!


terça-feira, 8 de maio de 2012

Sou toda parte que me faz todo

Fecho os olhos para enchegar melhor o que sou, mas sou mulher de pensamento confuso, ora penso de um jeito e ora até procuro oque pensar, acontece muito quando me deito. Gosto de falar ao celular antes de dormir e depois relembrar se for o caso da conversa ter sido produtiva e agradável.

Ando necessitando de acordar cedo e faço isso muito bem. Não sei que nome dar a isso mas acredito em uma força (Deus) que me acorda todos os dias, gosto que ele me acorde no horário certo. Tenho espécie de rituais e costumes, sigo uma sequência quase perfeita de quando acordo até quando deito. Se ocorrer mudanças sinto que preciso de uma novo recomeço, eis o motivo porque odeio mudar horário de estudo.

Dou valor a coisas pequenas e inúteis para muitos, como um copo que tem na casa dos meus pais, e não posso beber em outro. São objetos que se tornam simbólicos por algum motivo e eu penso que na ausência deles tudo vai ta errado. Não abro mão dos meus objetos antigos que tiveram grande significado, possuo um teclado velho e com um som horrivel, mas não penso em me desfazer dele, também não penso em comprar outro porque estaria deixando de lado o que simboliza anos de tentativas, erros e acertos de notas.

Admiro todo tipo de instrumentos, mas oque me cativou foi o órgão. Sou musicista e toco propositalmente o órgão, tenho a prática e a teoria e adoro cantar em notas porque sei ler partitura, não estou sendo nem um pouco modesta nessa parte, porque é uma das coisas que mais admiro em mim, leio dois pentagramas de notas e claves ao mesmo tempo, e consigo fazer sintônia, harmonia e ritmo com contralto, baixo, tenor e soprano em um único instrumento. Já toquei muito e tive a oportunidade  de ver muita gente chorar de emoção enquanto eu tocava. Hoje em dia quase não toco e tenho medo de perder meu dom.

Não tenho pavor a nenhum ritmo desde que a letra me agrade, porém o ritmo certo tem que vim na hora certa. Um exemplo? Jamais colocaria um fone de ouvido pra ouvir funk. Se algum dia me encontrar com fone no ouvido e apenas observando, provavelmente estarei ouvindo Geraldo Azevedo; mas se me encontrar balançando a cabeça e mexendo os lábios e eu naõ estiver com um livro (tenho esse habto horrivel de ler mexendo os lábios) estarei viajando na letra de Racionais, não se parece muito com meu jeito, mas fico bestificada (essa palavra existe?) com a capacidade de quem faz rap.

Gosto de livro tanto quanto de música. Cada livro me inspira de uma forma, sou machadiana e faço coleção dos livros de Machado de Assis, não é de se estranhar pra quem leu O príncipe de Maquiavel com primeiro livro da vida. Fico feliz por ter lido O pequeno principe antes dos 20 anos. Sou muito utópica, acredito na luta de classe e sonho com o dia que ninguém será superior a ninguém.

Odeio shopping, me irrita a ideia de consumo exarcebado, o típico tipo de pessoas que o frequentam. Também não me interesso muito por cinema, prefiro assistir um filme em casa e principalmente sozinha. Quando estou sozinha tenho o hábto de arrumar a casa e fazer coisas diferente para comer. Falando em comida sou vegetariana ou "pseudovegetariana" chego a comer carnes em lugares estranhos para não parecer fresca. Não comentarei aqui meus motivos de seguir essa dieta. Estou com um vício enorme em beber café ao mesmo tempo em que tento deixar a Coca-cola, pois sou do tipo "pobre" como diz minha amiga, que abro a geladeira pra beber aguá mais se tiver Coca é ela que eu bebo.

Sonho em fazer medicina, estou lutando para realizar, quero ser oncologista, tenho meus motivos para isso e são os mais nobres possiveis. Pratico a arte do cuidar e a faço com muito amor, sou tecnica em enfermagem, já vi muita coisa, passei por alguns apuros, e foi e é tudo muito gratificante. 

Conheço muita gente, sou de cidade pequena onde tenho que andar de sorriso no rosto se não falam que a filha de Ritinha mais Bequinha ficou metida. Mas desse contingente de pessoas que falei muitas são apenas conhecidas, algumas colegas e poucas amigas. Tinha vontade de ir morar longe, mas quando me dei de cara com a oportunidade tive vontade de voltar. Irei se for preciso.

Sou família, mais de um jeito estranho porque não sou puxa-saco de ninguém. Tenho duas irmãs e um irmão pareço com todos e com nenhum. Menti sou muito puxa-saco de meu irmão ele é foda! 

Está vendo, pode ser tudo mentira oque eu escrevi. Eu gosto de testar confiança.

sábado, 17 de março de 2012

"Apertado"

- Droga! que caju "apertado".

E pensar que esse mesmo gosto adstringente toma conta do meu coração. Me entrego aos livros tentando esquecê-lo, ou adocicá-lo com poemas de autores Românticos; nada funciona. Nem mesmo o sentimento que move um revolucionário.
O único jeito é deixar que permaneça, esperar que ele desapareça a cada batida que meu músculo cardíaco possa fazer involuntariamente.É, o coração é um órgão involuntário! como ainda posso ousar a interferir nas suas decisões? Que para mim acaba se tornando indecisões, por discórdia que insisto em ter dele. Há coração, até quando precisarei te descrever por metáforas?

- Se eu conseguisse tirar esse sabor adstringente do caju, oque eu poderia fazer para ele deixar de ser base? como diminuir seu pH?

- Preciso de um bom livro de bioquímica!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Noites sem estrelas

            Não foi muito fácil deitar na cama e não enxergar nenhum estrela no céu, minha vida sempre foi admirar estrelas, cada uma com seu singelo significado. As estrelas para mim eram como pessoas; algumas no começo se limitavam a mostrar todo seu brilho, era preciso cativa-las para compreender o quanto grande poderia ser sua luz; outras já vinham brilhando ao meu encontro, com uma grande intimidade, mostrando quão luminosa minha vida poderia se tornar com ela; algumas simplesmente mudavam suas formas de emitirem luz; havia aquelas que de tão perfeitas eram poucas, aquelas que se encontra poucas vezes durante a vida, essas passam rápido, mas deixam nossos desejos realizados; com o tempo descobri que muitas que brilhavam nem eram estrelas de verdade; e as que não me chamavam atenção por sua falta de luminosidade, foram as que mais me surpreenderam, por sua capacidade de controlar o brilho; entre todas jamais me esquecerei da pequena solitária que era a primeira a aparecer, de muitas formas a julguei: primeiro ela me parecia ser individualista até de egoísta já a chamei, logo mais fui entendendo seus motivos de solidão, por muito tempo ela tentou ser igual as outras, mais se cansou ou se decepcionou, isso eu nunca pude realmente saber. A observei por muito tempo, fui desvendando seus detalhes maravilhosos, pequenos detalhes que ao olhar para o céu ninguém nota, para mim se tornaram tão importantes que essa pequena estrela passou a ser única no universo, e é dela de que tanto sinto falta.
         Eu que esperava com tanta ansiedade que a noite chegasse para encontrar meu mundo, nos últimos anos almejo por uma manhã que não continue sendo noite, por uma noite que o céu esteja estrelado, e por uma estrela que venha com seu poderoso brilho curar essa minha cegueira. Assim, eu continuo minha vida, com minhas noites sem estrelas e agora para mim as pessoas são como estrelas.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O sapinho de Plástico

 Quando completei seis anos, ganhei um ursinho de pelúcia, não sei quem me deu ao certo, mais não era um presente caro, logo se via que a pelúcia não era das melhores, então continuei abrindo os presentes, no meio de tantos mais caros e com marcas famosas o ursinho tinha sido o único que me impressionara; depois de abrir todos os presentes comecei a guarda-los, quase todos foram para o guarda-roupa de onde nunca saíram, deixei apenas o ursinho em cima da cama, mas não dei muita importância a ele; de princípio o chamei de Dexter pois era apenas mais um urso, no dia seguinte acordei abraçada com meu novo ursinho, então  passei a chamá-lo de Carinhoso; depois passei todos  os dias a chamá-lo com  nomes diferentes , com forme eu estava me sentindo eu gritava com ele algo do tipo: kimi raikkonen, Dick Vigarista, Mankley... E quando ia me despedir dele usava nomes como: Dinkwink, Baby Dinossauro, Dunga... Assim ele passou a ser meu fiel companheiro e lhe atribuí o nome fixo de : Madruga, era o nome perfeito para todas as minhas estações. 

Me afeiçoei  a ele, com ele brincava, almoçava, dormia e se iria na rua com meu pai o ursinho estava nos braços,  ele ouviu todas as minhas conversas, participou de todos os meus melhores e piores momentos da  infância. Os anos se passaram e meu ursinho foi ficando velho e rasgado. Chegou o meu primeiro dia de aula, minha mãe me arrumou toda para me levar, e lá estava eu com cabelos arrumados, toda uniformizada, mochila nas costas e Madruga nos braços; então minha mãe com a voz suave me disse que havia chegado a hora de deixar um pouco meu ursinho, eu chorava e ela chorava comigo  tentando me explicar que Madruga não poderia ir comigo, que era o momento de ir para a escola. Minha cabeça entendia, mas meu coração não aceitava. Foi minha primeira e mais difícil escolha, de um lado via  meu ursinho que simbolizava anos de minha inocência, meninice e despreocupação; do outro minha mãe que sofria comigo.

De mãos dadas, minha mãe e eu seguimos para a escola, apenas me lembro de saber que depois daquele dia nada mais seria como antes... 

Foi a primeira de muitas outras coisas que com o passar do tempo tive que deixar. Essa história foi baseada  em um pequeno texto que li quando tinha meus 7 anos, o texto que achei sozinha foleando os livros que havia na minha casa, o seu título era : " O sapinho de plástico ", todos os dias levava o livro para a escola comigo e tinha muita vontade de o ler na sala no horário de leitura, nunca tive coragem, colocava a culpa em minha visão dizendo que toda vez que lia escorria lágrimas de meus olhos, isso realmente acontecia, eu só não sabia que já me emocionava desde novinha, também percebi que talvez ninguém sentiria oque eu sentia . Deve ser por isso que me emociono tanto lendo, e por causa desse pequeno texto que sempre me preocupei com esses seres inanimados e as vezes sinto que eles tem sentimentos, parece que uma colher vai ficar sentida se eu pegar a outra, por esses motivos dou muito valor a eles, tenho ciúmes de meus objetos e textos,  e muito medo de ter que deixá-los. Mas isso sempre acontece, porque é preciso seguir em frente. 

domingo, 29 de janeiro de 2012


Go.

O maior problema é saber como prosseguir, se vale a pena trocar uma bicicleta por um belo carro.
o carro é rápido, confortável, leva mais gente do que uma bicicleta, dá para curtir músicas, e chegar em tempo, ou antes do tempo. A bicicleta é desconfortável, porém ajuda a pessoa a ser menos sedentária, a bicicleta se muito andar, deixa-nos cansados com gotas de suor, faz com que tomemos chuva, sol e vento empoeirado, na bicicleta não se pode levar mais de uma passageiro ainda sim em péssimas condições.
Porém se escolher seguir de carro, verei a vida passar rápido, não poderei levar todos que desejei comigo e não terei tempo para o resto, ficarei acomodado e músicas nunca serão o suficiente para meu prazer, e por fim, chegarei mais cedo, perderei etapas para ter que espera no ponto oque eu poderia ter esperado na vida.
E a bicicleta, talvez também não me trará muitas vantagens, eu posso me apegar a ela e querer correr muito, não parar para apreciar nada e nem dá atenção a ninguém, ficarei tão cansado que pararei de apreciar a chuva, o sol, e tomarei raiva do vento que atrapalhará meu destino, na bicicleta serei tolo, abandonarei pessoas essenciais e levarei apenas uma comigo que no momento me parecerá suficiente, mais não será porque nenhuma pessoa vem completa, então carregar apenas essa pessoa vai ser difícil e cansativo, e talvez eu também a deixe no caminho.

Parei um pouco, sentei na calçada, e observei que todos esses pensamentos me vieram quando estava no meu mais sublime transporte de que eu tanto reclamo: meus pés, que sempre me proporcionou os melhores momentos da minha vida, desde quanto os machucava pulando corda e brincando de elefante colorido no meio da rua, eles me tiravam de muita enrascada quando era pego de surpresa no quintal do vizinho pegando emprestado algumas mangas; e estando chovendo posso correr não para fugir, mais entre as gotas, chutar a água que faz poça na rua que não é calçada; em um belo dia ensolarado eles descansarão e apreciarão o dia, além de uma boa música, terei um bom livro, e tempo. Posso levar comigo todos e ninguém, quem preferir me acompanhar sempre, poderá, quem precisar parar vai ficando pelo caminho, e aqueles que poucos minutos são suficiente, também terei tempo. Assim eu vou pegando carona com a vida, assim eu vou sem muita pressa mais com muita luta, observando sorrisos, secando e distribuindo lágrimas, passando corretamente por cada etapa. No final quando chegar no ponto, irei ler a placa por qual sempre esperei ... Go. Então saberei que já aprendi o suficiente para continuar. Vá, vá em frente.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Insônia

O medo bate de novo na porta, e minha vida parece não está tendo nenhum sentido. Estou passando horas sentada na cama pensando comigo mesma oque farei daqui pra frente, e penso, penso, penso... E nada consigo colocar em prática, sinto falta de um apoio, algo ou alguém que me pegue pelo braço e me diz: anda temos muito pra fazer, a luta não acabou. Mais esse algo ou alguém não aparece, e oque fazer agora em meio esse desânimo que está me afetando?!

Tenho ficado em silêncio procurando soluções para todos os "problemas" que estão em pauta na minha cabeça. De início pareço achar todos, mais coloca-los em prática que fica meio complicado. A dor do nada me atormenta tanto que 3:00h  ainda estou nesse dilema entre meus próprios pensamentos, não vem sono, nem sonhos, apenas a realidade que parece não ser compatível com meus desejos. Isso é frustante!

Minha mente vai ficando cheia, e eu não consigo colocar em ordem minhas ideias, o maior exemplo disso é este texto que vai se tornando incoerente a cada palavra que vem vindo e eu vou escrevendo. E oque é pior pra mim. Vou parar por aqui cansei de tanta bobagem, e provavelmente quando colocar toda a minha bagunça no lugar não terei mais tempo de escrever, escrever textos para eu mesma ler.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

As cores, figuras, motivos


As coisas não precisam mudar, mais precisamos de novas regras e infelizmente a minha é querer ficar um pouco sozinha pelo menos nesse instante. É olhar nossas fotografias, ver o vento que sopra deixando nossos cabelos bagunçados, e um ar de descanso entre nós, sempre nós. Ponto de apoio, secador de lágrimas, instantâneas mãos sobre os cabelos, sorrisos, motivos para ser feliz, talvez tudo fique na fotografia. Fique junto com minha coleção de globos de neve, meus velhos livros que já não leio mais e que sempre terão um significado em minha história; nossas fotografias junto com o tempo vão sendo apenas fotografias. 
Voltaremos a ser nós dois, quando o dia não passar de retrato, e a neve do meu globo colorir as fotos e mensagens coladas na parede, descrevendo tudo que fui  e não quero ser mais; porque sonhar e apenas sonhar me custou caro.





quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Banquete




Eram grudados um ao outro fisicamente e o amor de Eros permanecia entre eles.
Foram separados porque o amor denota a liberdade,
Sendo isso confirmado pelos deuses e pelos homens, uma lei da vida;
Não lembrarás mais um do outro, e a distância impedirão de se encontrarem, por um longo tempo,
Uma metade está se sentindo bem, e ela não tem nenhum remorso sobre isso, ela se julga está apaixonada e absolutamente feliz, até que começa a surgir as brigas e privatizações, que impedem esse relacionamento de progredir.
E as metades começam a querer ser todos, buscando o todo em outras partes... E o mundo começa a ter graça, pois é assim que as pessoas começam a criar vínculos umas com as outras;
Trocam-se novos olhares, sorrisos, e o destino já fez seu papel de bom samaritano;
Eles se apegam, começam a se sentir verdadeiramente bem, um necessita da companhia do outro para continuar, e as estrelas para os dois agora serão sempre as mesmas...
Veja só encontraram as suas metades, sempre perceberão que são um só, mais nunca saberão que foram um só ser.

(pensamentos ligados aos de Platão)

Como Pães


Saiu de casa, passou na padaria comprou pães e um café que deixou derramar em um senhor que entrava na padaria bebendo um capucino,oque ela jamais imaginaria era que seria fraca e voltaria a comprar pães ir pra casa, e deixá-los sobre a mesa.

Com os olhos embaçados sem conseguir abri-los direito por causa da luz que o celular emitia, ele olhou as horas, 00:12 já estava tarde, não havia nenhuma ligação e nenhuma mensagem de texto; pegou no celular mais duas vezes, chegou até a abrir a caixa de saída para mensagens, mais logo bloqueava o teclado e se virava no travesseiro. Acostumou a ser teimoso e achar que ela sempre iria voltar, afinal todos voltavam para ele. Ele não era nenhum pouco modesto ao falar de si mesmo, e ao se gabar pelo que já tinha construído, não poderia negar que realmente era um rapagão esforçado e incrivelmente sedutor, e os elogios nunca acabavam por aí.

Na estrada o calor não a deixa em paz, deve ser pelo sentimento de arrependimento, de vontade de voltar, de ouvir a voz que a deixa tão bem e consolada, ou colocar um fone no ouvido e ficar apenas o observando, uma trilha sonora de fundo para o apreciar. Mas ela se sentia melhor que isso, ninguém vive apenas de carinho, ninguém merece ilusão, e ela se deu conta que estava se apegando ao grande mestre do ilusionismo, e a vida dela era encarada com realidade e pés firmes. Já são 00:36, e ela ainda está no mesmo lugar, em meio a uma dilema sem fim de seguir ou voltar, mas para ela as horas pareciam não passar, alí no mesmo lugar, o frio começou a chegar avisando a ela que o tempo acabou, ela sentiu saudade do cobertor e dos braços que a esquentavam e se foi.

Dois dias se passam e a saudade se torna incontrolável... O celular toca " amor ", ele atende e ela diz: - Abre a porta. com um abraço ele fala:- Preciso de você! Os olhares se cruzam, ela chora por saber que no fundo ela sempre vai voltar, não está faltando só ela pro mundo ficar perfeito, não é só dela que ele precisa.

Em um dia normal, sem nada de extraordinário, ela vai sair para comprar pão, encontrar com alguém que vai dizer a ela que parece que ela não tem dormido muito bem, oferece a ela uma xícara de capucino e a observa a cada gole, diz que já fazia algum tempo que há via comprando pão, e cada dia os pães eram diferentes, ela sorriu, que para ela isso não significava nada.


Chegou em casa encontrou ele pronto para seu cotidiano, colocou os pães na mesa para comer, trocaram carícias e o dia continuou...


No outro dia, ela torna a padaria, pede os seus pães, e reencontra com o senhor que a olha e diz: -Tão bela e tão presa! ela parece não gostar muito do ditado e o olha com uma cara de simpatia e logo depois a fecha. O senhor torna a puxar conversa:
- A vida é bem mais do que pães no café da manhã.
ela tenta o ignorar mais volta a olhá-lo irritada e responde com ironia:
- A vida é bem mais do que mexer com uma mocinha que tem idade pra ser sua neta! por incrível que pareça ela não se virou e continuou a olhar aquele senhor que tinha naquele olhos azuis uma resposta.
- Se você fosse minha neta não a deixaria comprar pães diferentes todos os dias, procurando em um novo sabor de pão alguma coisa que possa a ajudar mudar, ela estaria tão feliz com a vida que acostumaria a comprar sempre mesmos pães porque não iria querer que nada saísse do lugar.
Ela senti que isso a toca profundamente e com voz rouca proclama:
-Não se pode deduzir minha vida através de miseráveis pães. e sai uma lágrima do seu olho.
- Não se pode mesmo, mais pode-se deduzir através dos seus olhos de insônia, e do gole como toma uma xícara de capucino. Isso que usei são apenas metáforas, mais isso que você está sentindo é sua vida. Ela chorou e saiu sem saber que seria o ultimo dia que veria seu avô que nunca tinha conhecido antes.


Chegou em casa, colocou os pães sobre a mesa, pegou a sua bolsa e nunca mais voltou.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O anjo mais velho

      Enquanto houver você  do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar...



  Há vejo chegar todo dia do trabalho, ela me parece exausta como se não aguentasse nem mais falar, contudo quando volto a olhá-la ela está com livros na mão como alguém incansável. Reparo nela desde muito novinha, primeiro queria um dia me arrumar como ela e colocar aqueles lindos saltos que dava toda elegância e destreza a ela, o tempo foi passando eu fui crescendo, só que ela também, por isso nunca parei de querer ser igual a ela. Certo dia sendo eu leiga no assunto dei a ela uma noticia de que ela tinha passado no vestibular, eu nem sabia o que era um vestibular, e fiquei sem saber porque tanto ela chorava de alegria, a partir desse momento em diante aos poucos ela foi me explicando tudo e eu fui percebendo cada vez mais o quanto ela era de se admirar;  o pouco tempo que ela tinha ela me ajudava e me ensinava diversas coisas sobre o mundo. Daí já me vi sentada em uma mesa com ela debatendo vários assuntos e colocando minha opinião, ela já sabia que eu tinha crescido, e eu ainda sabia que não tinha me tornado igual a ela; porque no fundo eu nunca me permiti isso, pessoas como ela não merecem cópias, serão sempre únicas, por esse motivo que ela mesma costuma dizer que sou do contra, porque enquanto eu sou criativa, ela é prática; eu me magoou com palavras, ela resolve tudo para mim com palavras; eu sei sonhar e mesmo não concordando com meus sonhos ela me ajuda a realizar; Ela gosta de todos perto que pra ela é perfeito, e minha perfeição é ver tudo longe, porque para mim a saudade demonstra amor; eu duvido sempre, enquanto ela sempre da novas chances; eu choro por achar que estou sozinha e ela chora pra mostrar que está comigo;  nas nossas discussões de determinados assuntos eu não abro mão da ultima palavra, oque ela não sabe é que eu observo cada palavra que ela diz e guardo tudo pra mim, e na próxima discussão já adquiri experiência com ela mesma;  agora quase sempre chegamos em um denominador comum. Ultimamente ela tem me visto chegar cansada e enfiando a cara nos livros, ela me distrai um pouco e eu há vejo saindo com um ar de orgulho,  só que não dei a ela a oportunidade de me ver chorar de alegria e a fiz chorar junto comigo. Certo dia eu sem querer ter notícias do assunto, eu fico sem entender porque ela está chorando tanto de alegria e ela me explica que viu meu nome na lista de aprovados no vestibular e vendo ela feliz assim por mim eu percebi mais do que nunca que ela era uma MULHER de se admirar. Temos tantas diferenças e buscamos distintos ideais, mais o melhor sentimento que cultivo em mim é ter orgulho da minha irmã mais velha, é ter a minha irmã mais velha, é poder saber que posso contar com ela, e que para mim não há maior felicidade do que quando olho oque escrevo e vejo que até nisso eu tenho um pouco dela. Eu sei que isso é amor, porque de uma certa forma eu aprendi a amá-la, não como obrigação de irmã, mais como pessoa. Mais que fique claro que toda vez que ela me perguntar se está linda, eu responderei: - Impossível!




Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar...                





Anos Luz





Dizem que quando olhamos para o céu, é como se estivéssemos vendo o passado; segundo os cientistas a luz que estamos visualizando já foi emitida há milhões de anos, sendo que não existe nada comparável a  velocidade da luz. Isso é para que entendamos o tamanho do espaço, mais deixando a ciência, eu sempre tive a certeza de olhar o céu e ver o passado, a gente se perde nele, é como se estivéssemos tão perto, mais nunca ousei tentar tocá-lo, porque pra mim ele sempre foi o passado, não há quem olhe para o céu e não se lembre de algo, uma cena, como se as estrelas fossem um projetor de sonhos que se realizaram e se foram, ou nunca foram realizados, porém basta fixar mais seus olhos ao céu, chegar um pouco mais perto, que ele realiza nossos sonhos, as estrelas soam como guizos e conversa conosco dizendo que tudo é real, pena que isso dure tão pouco, e não é sempre que acontece, infelizmente nunca para muitas pessoas. Ao longo do tempo estudando as velhas escolas literárias, li um poema de Billac que dizia que só quem ama pode ouvir estrelas; No entanto as ouço e ainda não sei oque é amor.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Verdade

Criei esse blog por dois motivos basicos e super importantes para mim: o primeiro sendo bem sincera foi porque sempre achei que ter um blog e fazer textos me ajudaria a melhorar em redações, pois sou uma adolescente em faze de vestibular que está precisando muito aprender a se expressar em palavras escritas; dois  porque comecei a me interessar bastante por temas sociais, e sendo mais sincera ainda estou com sentimentos de "comunismo", é infelizmente tem sido uma das unicas coisas a qual tenho me dedicado a aprender, o "infelizmente" que usei é porque isso significa que decidi me aprofundar em um assunto para esquecer algo que me magoou, eu tenho mesmo essa mania de no fim achar que a única coisa que sei fazer é estudar.Mas afinal como já disse Che Guevara " O conhecimento nos faz responsáveis''


Isamara Mendes

Deve ser porque cresci



Acho incrível como nunca deixei, desenhos, ursos, coleções e agendas de lado, não foi isso que deixei para fingir que crescia e estava amadurecendo, eu sempre tive um costume inevitável de querer mostrar a todas pessoas que eu achava que me magoavam que eu iria crescer, eu sempre costumei fugir dessas pessoas, querer ficar sem encontrá-las por um bom tempo, e depois me renovar, é incrível mais isso realmente acontecia, talvez isso me tenha feito crescer mesmo, mais ultimamente tenho pensado muito sobre isso e concluído que não é legal, tenho parado mais um pouco, só um pouco de sempre associar minha felicidade ao futuro e longe de muita gente, aos poucos estou parando de ser controladora, deixando esse sentimento de posse pra depois, abrindo realmente os olhos porque eu percebi, eu percebi não, me falaram o quanto eu começo dar valor as pessoas cedo e começo as admira-las quando elas nem me notam direito; Alguns de meus sonhos podem esperar, porque eu ainda não sei se eles me pertencem; tem tanta coisa ao meu redor que pode esperar, e as vezes me expresso de uma forma como se eu já fosse tão vivida e não tivesse mais tempo para fazer tudo que quero, são esses meus novos atos que me tem feito procurar pessoas que eu as chamava de insuportáveis isso por nada conhecer ainda, hoje vejo que insuportável era eu e meus amigos metidos; Há dois dias atrás mesmo todos falando como eu já viajava sozinha, como eu já parecia uma universitária falando, ainda predominava em mim lá no fundo, um querer enorme de ser como peter pan, hoje embora com dor admitir já não tenho tanta certeza disso(que meu melhor amigo nunca leia essas palavras); Mais eu comecei mesmo a ter uma certa responsabilidade de agir sem ninguém pedir, dizer oque realmente quero e fazê-los concordar comigo, tenho aprendido a gostar do que eu gosto mesmo, como ler e  aprofundar mais no assunto, me encantar e admirar personagens que realmente existiram, verdadeiros herois, confesso que até já agradeci a Deus  por eles terem existidos, criticar vilões...  Eu ainda preciso falar muito sobre tudo que está me interessando no momento... Eu vou falar !


Isamara Mendes

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vivendo o realismo



Caminhando e cantando e seguindo a canção... Ouvi pela primeira vez esse son quando tinha meus 8 anos, achei tudo oque dizia nela lindo e também gostei da melodia, e quando chegou meus 17 anos tornei a ouvi-la de uma forma diferente no colégio, e não conseguia imaginar como quase ninguém nunca a tinha ouvido. Embora anteriormente não entendesse do que se tratava eu nunca a tira-la da cabeça, sempre a lembrava quando ouvia algo do tipo. Hoje ouço cada verso e me dói, quando Vandré começa a falar, eu não estou mais no mesmo lugar, eu estou no meio da multidão, de mãos dadas e tudo que eu quero é liberdade, eu consigo ouvir minha voz que grita no meio da multidão e sai mais alta do que todas, meus olhos derramam tudo que meu coração está sentindo e eu não consigo me segurar, tudo que eu quero é continuar, e cada vez mais me parece que tudo está mudando, e que o novo mundo já chegou. A música acaba, olho para minhas mãos que estão grudadas uma nas outras, meus olhos vermelhos e meu rosto todo molhado. Porque depois de tanto tempo e de tantas mortes, ainda ha muita injustiça e sofrimento, eu por minha vez continuo achando que a música a cada vez que é cantada, estamos mudando algo que todos pensam ser imutável, estamos lembrando e honrando cada corpo, cada alma que se findou naquele momento. Sim eu ainda faço das flores meu grande refrão e acredito nas flores vencendo um canhão. 

Isamara Mendes